Sabia que existe cidades negras na Europa? Cidades com uma população importante de pessoas negras, ou com cultura negra. Depois de vários posts contando minha experiência como uma viajante negra pelo mundo, decidi fazer posts um pouco mais gerais, falando não só sobre a minha experiência local mas sobre afro turismo em geral. Então teremos mais posts sobre cidades e locais negros para a gente visitar e se ver.
O post não tem dados oficiais, uma vez que na Europa quase nenhum país discrimina etnia no censo, a exceção fica por conta do Reino Unido e da Holanda. Apesar de não ter dados oficiais sobre a presença de negros, a gente usa o olhômetro sempre e depois de viajar bastante pela Europa, ví algumas cidades e capitais com uma maior população de negros, algumas com quantidades consideráveis mesmo.
Esse post não é necessariamente sobre as melhores cidades para viajar na Europa sendo negro, mas pode dar uma ideia de alguns lugares onde você não vai ser o único negro da cidade, onde as pessoas já estão mais acostumadas com a nossa presença e não vão ficar encarando.
5 Cidades negras na Europa para conhecer
Amsterdam
A primeira vez que fui para Amsterdam, fiquei muito surpresa com a quantidade de negros na cidade, até que lembrei que grandes nomes do futebol holândes como Kluivert e Seedorf são negros. Em alguns momentos ví até uma ponta de tropicalismo na cidade.
A Holanda colonizou o Suriname, mas também Saint Marteen, Aruba e Curaçao e tem uma população negra considerável. Restaurantes e lojas surinamesas são coisas super comum por lá, assim como executivos pedalando com terno e dreads. Em todas as minhas vezes lá, sempre fui bem recebida pelos holandeses, claro que existe racismo em todo lugar, mas não tive nenhuma dificuldade em tanto que negra na Holanda.
Londres
A cidade mais negra da Europa é também a cidade que eu tive o prazer de morar por alguns anos. Londres é uma das cidades com maior diversidade no mundo e arrisco a dizer que é a maior (e melhor) das cidades negras na Europa. Londres é a cidade mais multicultural que conheci, e por isso mesmo é um prazer conhecer e morar lá, onde há gente de todos os cantos do mundo.
Londres é uma cidade onde a gente vê uma grande quantidade de pessoas negras todos os dias. Você não vai se sentir um estranho no ninho, há uma grande quantidade de pessoas negras em Londres.
Na África Negra, uma grande parte dos países foram colônias britânicas, e hoje muitas pessoas originárias desses países, ou do Caribe vivem em Londres e no Reino Unido como um todo.
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Um dos lugares mais negros de Londres é o bairro de Brixton, um bairro afro-caribenho onde se encontra uma grande variedade de lojas africanas e caribenhas. Dá para encontrar produtos para cabelos crespos e cacheados, lojas de tecidos africanos, supermercados, e muitos ingredientes de países tropicais.
Carnaval de Notting Hill
Notting Hill não é apenas o filme do Hugh Grant e a feira de antiguidades, é nesse bairro que acontece a maior expressão de cultura negra do Reino Unido, o carnaval de Notting Hill. Todos os anos, durante o mês de agosto, Londres fica ainda mais negra, celebrando o famoso carnaval caribenho.
Dois milhões de pessoas, com fantasias que parecem de escolas de samba do Rio de Janeiro dançam pelas ruas de Notting Hill, uma celebração tipicamente caribenha que tem mais de 50 anos e é um dos maiores eventos no Reino Unido, e é certamente o maior evento de cultura negra no país.
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Paris
E a cidade luz não fica de fora quando se trata de cidades negras na Europa, Paris tem um considerável percentual de negros. Se você assiste futebol, já viu que a seleção da França está longe de ser um time apenas de brancos. A França e Paris em especial é uma cidade com muitos negros, e com lugares especialmente negros.
Durante os anos que morei na cidade-luz, eu via pessoas negras o tempo todo! Claro que nem sempre era nos hotéis ou bairros mais abastados, mas era uma constante na minha vida. Eu não ser uma das poucas pessoas negras na cidade me fez ser meio transparente, sabe? Eu passava despercebida na maioria dos lugares, ninguém virava para olhar para mim quando eu entrava nos lugares, ninguém me olhava com surpresa ou espanto.
Bairros negros em Paris
O norte de Paris tem alguns bairros com grande quantidade de negros, sejam eles africanos ou caribenhos. Château d’Eau, Château Rouge, e Rue de Clignancourt são grandes exemplos disso. Lá a gente vê muitas lojas de produtos africanos e caribenhos, já fui muito nas lojas de lá para comprar azeite de dendê e algumas comidas parecidas com as comidas que encontramos no Brasil.
Lembro bem de minha mãe quando nós passamos por lá ela disse que se sentia em casa, porquê as pessoas eram como nós. Essa identificação de Paris ser uma cidade bem negra é uma das coisas que mais a marcou durante a visita a Paris, para a gente ver como é a questão da representatividade, como é importante se ver numa das cidades mais visitadas do mundo.
Bruxelas
Acho que de todas as cidades aqui dessa lista de cidades negras na Europa, uma das que mais surpreende é Bruxelas. Arrisco a dizer que é porquê conhecemos pouco da Bélgica em geral, mas sabia que o Congo foi colonizado pela Bélgica? Como uma parte da Bélgica fala francês, muitas pessoas oriundas de países francófonos se mudaram para lá. Na África Negra há uns quinze países que falam francês, e há muito da diáspora vivendo em Bruxelas.
É comum ver pessoas negras nas ruas, no metrô e inclusive há bairros africanos também em Bruxelas, sendo Matonge o mais famoso deles ( inclusive leva o nome de um bairro de Kinshasa, capital do Congo) onde é possível ver feirinhas e lojinhas com produtos vindos diretamente de países africanos e bater um papo com alguns vendedores que vão contar como chegaram em Bruxelas .
Lisboa
Eu ainda lembro a minha surpresa ao ver tantos negros em Lisboa, claro que eu sabia das antigas colônias portuguesas na África : Angola, Moçambique, Cabo Verde, Guiné Bissau e São Tomé e Príncipe, mas ver tantas pessoas desses países foi uma boa surpresa para mim, e além dos negros africanos ainda os brasileiros em Lisboa.
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Lembro quando peguei o trem para Amadora na região metropolitana de Lisboa, desci na estação e era muitas lojas africanas, roupas, capulanas, produtos alimentícios e restaurantes que na sua maioria remetia ao continente africano. Foi uma experiência bem diferente que tive, ver uma Lisboa diferente, fora do eixo Baixa-Chiado-Graça.
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Achei o post maravilhoso. Agora deu mais vontade ainda de conhecer Amsterdã e Lisboa. Espero visitá-las logo!
Com os teus posts decidi que preciso me mudar para Amsterdã ! Muito obrigada ??
Que Deus ilumine teu caminho e que você enfrente alegrias e encomodos com garra e satisfação❤️
tá doidona e ? quer lasca eu mane poha de alemanha tá chapando você teve foi sorte de um mine hitler não ter comido teu butico com gás